quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A História do Visual Kei - Parte 2



Como foi dito anteriormente, o Visual praticamente nasceu depois da enorme carga de influência que recebeu do Glam. Veremos logo abaixo a parte 2 do surgimento do Visual:


 Banda Saber Tiger em 1985

O auge do Visual foi na década de 1980 em paralelo cronológico com bandas Glam extrangeiras como Mötley Crüe e Bon Jovi. Você pode reparar que o X e o Saber Tiger copiaram quase que descaradamente trajes e adornos do Kiss e Mötley Crüe respectivamente. Mas, além da maquiagem exagerada, combinavam armaduras de metal, roupas apertadas e cabelo exageradamente chamativo. Assim, o Visual era uma mescla de um look elegante, mais voltado para uma moda de rua, algo mais "cru", tendo influências locais da banda Visual Scandal, e ainda de movimentos como o Punk e o Glam (como foi comentado anteriormente).
 
Outras bandas iniciais foram Sh0ck!, Seikima II, Shella, e até mesmo Mohorks. Desde o Rock ou Heavy Metal para o Punk do Mohorks, varias bandas começaram a usar um elemento extra do Visual em suas apresentações. Eles queriam algo que pudesse impressionar o público (até então muito pouco), e que dissesse a respeito ao seu estilo musical (por exemplo, a banda Seikima II, suas letras falavam sobre Inferno, então passaram-se a vestir como demônios, inspirados no teatro Kabuki, mas isso fica para outro post, quando falarmos sobre a biografia da banda).
   
O impacto do Visual , sem respeitar na definição do gênero musical das bandas, deu ao público algo novo para experimentar. John Lennon uma vez definiu o Glam como "Rock n 'Roll com batom", poderíamos dizer o mesmo para o Visual. Portanto, está claro que o Visual é simplesmente uma questão estética e não um gênero musical como muitos afirmam necessariamente.

 Banda X-Japan no início

Quando o X apareceu em 1982 na realidade eram só estudantes. Em 1985 começaram a tocar em casas de show em Tóquio, foi quando eles verdadeiramente se uniram ao Visual. No entanto, foram bandas como X, Saber Tiger e Sekima II, que mudaram mais o estilo do Visual, altamente influenciado pela estética de bandas como KISS, Queen e Mötley Crüe. 

Bandas como Seikima II haviam se inspirarado no teatro Kabuki japonês, no qual atuam somente homens, mas como havia papéis femininos, os homens se maquiavam para parecer uma márcara representando o rosto feminino, diferenciando-se seguindo o humor que queriam representar. Alternadamente, bandas como Saber Tiger e X estão em paralelos, com Yoshiki (baterista do X) que usava a mesma maquiagem de demônio Kogure da banda Seikima II.

 2 -  O PÓS SURGIMENTO DO X E LANÇAMENTO DO VISUAL NO MERCADO


 
 Desde o surgimento do X as bandas mais famosas de Visual começaram a convergir com eles, como se eles fossem o epicentro. Por um período, o X (banda de Yoshiki e Toshi), Demêntia (banda de Taiji) e Saber Tiger (banda de hide) eram conhecidas mais ou menos como as “Três maiores bandas de garagem” é uma curiosidade que nos faz perceber a marca da popularidade do Visual que estas bandas possuíam na naquela época. Surgiram outras bandas como Urgh Police!!, Belladonna e muitas, muitas outras que adotaram o estilo Visual. Claro que foram poucas as bandas que conseguiram largar da fase Indie. 

Apesar de bandas como Visual Scandal e Murbas terem realmente promovido o Visual, foi realmente Yoshiki Hayashi, o líder do X, quem promoveu esta tendência para o mercado de consumo do Japão. Se o Visual Scandal levou o Visual para as casas de show, o X o levou para a televisão, ao Tokyo Dome, e aos sonhos de todos os adolescentes da época. Basicamente isto só ocorreu pela grande atuação de Yoshiki como empresário da banda que tomou decisões importantes a respeito da banda, como o fato de terem sido a primeira banda de Visual a participar de Talk Shows na TV. O X começou a romper tabus que haviam, ir contra todos os críticos e contra todas as outras bandas que eram críticas de Visual, invadindo o mercado oriental e ocidental. 


Não se limitando apenas no X (que posteiormente se tornou X-Japan, nos aprofundaremos mais em uma biografia da banda), Yoshiki ajudou a promover o Visual com sua gravadora, a Extasy Records, também organizou o concerto “Extasy Summit”, onde muitas bandas de Visual se reuniam para tocar juntos. Além de produzir estas bandas com seu rótulo, ou, simplesmente, deu-lhes uma mão amiga para levá-los às turnês. Assim, mesmo que o X não tenha sido os iniciadores do Visual, eles foram os quem mais influenciaram em sua comercialização. Foram a primeira banda japonesa a lotar o estádio do Tokyo Dome por três dias seguidos em 1992.


O Visual morreu no dia que o X disse “acaba por aqui” em torno de 1993-1994, e todos os legionários (as bandas mais famosas do Japão, e todos os registros relacionados a Extasy) compreenderam que o Visual já não dava para muito e pouco a pouco cada banda começou a moderar em sua estética. O Visual parecia que estava amadurecendo. Sua presença ainda estava no ambiente, no cenário do Rock japonês, mas simplesmente como algo que já estava lá por osmose, como parte da cultura pop.




Gente a parte 2 termina por aqui, em breve postaremos a 3 sobre enfim o surgimentloo do Visual Kei. Importante informar que se você, leitor, possuir alguma crítica sobre este artigo, nos envie. 
Esta postagem foi estudada por meio de matérias e artigos de páginas da internet e matérias de revistas coletadas de colecionadores, também resgatadas pela internet.

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